Agora
A relatividade temporal, muitas vezes, nos conduz estacionarmos em pensamentos no passado e no futuro que nos aguarda, enquanto o tempo presente vai inexoravelmente cumprindo o seu curso. Esse comportamento comum a toda criatura, ou a quase todas, pode transformar-se em sentimentos prejudiciais, como de culpa ou de pessimismo a depender do que foi realizado no pretérito ou a imaginações de um futuro improvável de acontecer.
Quem vive no passado sonhando com o futuro, encontra-se ausente do presente que é o construtor do que virá posteriormente, além de perder as oportunidades do agora.
Passado serve apenas de referência para não mais cometer os mesmos equívocos e futuro é devir a ser construído no agora.
Deixar para depois o que pode ser realizado no momento é escolha de risco porque, nem sempre, o depois se apresenta nas mesmas circunstâncias do agora.
Apenas a título de exemplo, se deixarmos o problema de hoje para depois, possivelmente, ele surja mais complicado.
Amanhã… a ferida se apresentará maior; a oportunidade de ajudar talvez não mais se apresente; a semente pode deixar de ser a garantia da produção no futuro; a falta não desculpada agora, enquanto a caminho com os que ferimos, talvez não seja possível.
Adiar a prática do bem que se pode fazer agora é não aproveitar a oportunidade que o Criador oferece e, talvez, seja furtar o compromisso assumido antes de nascer, que a misericórdia do Pai concedeu.
Somos conhecedores de que a Lei inevitável do progresso impulsiona a Terra com as mudanças dos elementos que a compõem e que estão sendo demonstrados com os fenômenos naturais que acometem o planeta, mas que, também, está convidando seus habitantes a desenvolverem o senso moral e abrandarem os costumes para que a paz, a harmonia, o respeito, a fraternidade sejam instalados no orbe terrestre.
Vivemos um momento grave, um presente que se caracteriza por ações passageiras e afastadas da Lei de Amor testemunhada por Jesus, comportamentos que nos levam a refletir sobre qual caminho a Humanidade está tomando. No entanto, tudo que o presente tem demonstrado é indicador de que o progresso intelecto- -moral nos direciona para um mundo melhor, regenerado, onde o amor, gradativamente, vai se instalando nas mentes e corações dos seres humanos, apesar da dor e sofrimento que ainda vige na Humanidade.
O futuro nos aponta à regeneração, o passado sabemos que foi de sombras, por que, então, aguardar o futuro se podemos, desde agora, agir com comportamentos regenerados?