O reino essencial
(Mensagem mediúnica)
A noite descia e esplendia de beleza onde o luar to cava e a harmonia fazia arranjos que harpeavam uma música ao longe.
A prospecção do que se avizinhava tomava forma e, a distância, um emblemático ser era avistado, ainda em passos lentos, mas firmes, de um caminhar seguro.
A poeira que se mostrava em densas névoas parecia nublar ocasionalmente o horizonte, e Ele se aproximava…
Era tudo um tanto inusita do, e o vento foi ficando cada vez mais calado, dando lugar a um tipo de pausa incomum.
A estrada era tortuosa, em um lugar humílimo, com pedregulhos à volta, e lá ao fundo a praia era avistada, com ondas que quase falavam, em um bailado concatenado e cuidadoso.
Imprimia-se mansidão ao local, onde as estruturas eram toscas, e acorria uma gente muito simples, quase rude, mas no ar estuava um tipo de calmaria…
E as pessoas também iam se aproximando, em compasso de espera, de quem aguar dava a chegada de um alguém diferenciado.
Eram ainda poucos, com ares de pequeno grupo, à beira do mar da Galileia, pronto para servir de palco a lições imorredouras.
Ele se aproxima mansamente, como de hábito fazia, em um silêncio repleto de circunspecção, ainda que todos o aguardas sem falar, ávidos por suas lições cada vez mais primorosas.
Como de costume, formou–se um rápido aglomerado e alguém a perguntar algo sobre o Reino de Deus, ainda que, com as inflexões de um tem po de Terra e suas inúmeras dificuldades.
E Jesus, com a sua têmpera serena, o seu semblante doce e mavioso, começa a pronun ciar mais um dos seus ensinos–chamados, advertindo a todos sobre a elegia do amor precípuo, em práticas de caridade e bonança, sem afetação nem vinculação a qualquer traço de amargura.
Enquanto falava, a sua voz era como bálsamo que cicatriza e cântico que impregna e vi raliza, preenchendo a atenção e o coração dos que estavam à sua volta.
Só Ele sabia falar daquele jeito, ainda quando imprimia severidade e porventura repreendia qualquer rasgo de maldade.
Mesmo quando tentado e desafiado, nunca rompeu os limites da temperança, inclusive para com aqueles que o odiavam.
Só Ele olhava e tocava com tanta suavidade e firmeza, impregnando no olhar ou no toque a sua acepção de conforto e paz, como jamais se houvera visto.
Só Ele era capaz de entender e perdoar, ofertando além istockphoto.com/duncan1890 da face a plenitude do esqueci mento, em um perdão sem máculas, com cuidados e ares de soerguimento.
Ainda hoje ecoam as suas lições, o seu verbo, o seu olhar penetrante, o seu dúlcido amor em forma de misericórdia, para que a Humanidade possa despertar, em nome de Deus, em busca desse Reino essencial.
E o que tens feito?
Estando na Terra, te vinculaste ao planeta que estertora e a ele estás adstrito em tuas provas e expiações, considerando que, apesar de tudo, ainda não despertaste para aquele chamado que ecoa no âmago de todo o transcurso dos evos, há mais de dois mil anos…
Desperta, enquanto há vida e esperança, e observa em redor, para percebe res que até então as lições do Rabi ainda não foram capazes de penetrar no imo dos teus sentimentos.
Aproveita a oportunidade e faz-te pequeno como criança, em humildades e entrega, confiando-te por inteiro ao Senhor da Vida, ultrapassando trajetos longínquos de dor e solidão, para que possas abrigar-te no mesmo mar por onde andou o Nobre Galileu, para que então aportes o teu ser imortal nos seus braços, que confirmam, em todos os tempos, a culminância da vida, e o fator tempo como senhor da ocasião para que finalmente sejas feliz!
E assim estarás com o Cristo!
(Mensagem do Espírito Ariel, psicografada pela médium Francis Brett no dia 26 de maio de 2024, em Brasília, DF.)