A ordem do Mestre
“Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” (João, 15:17.)
Esta passagem do Evangelho de Jesus registrada pelo Evangelista João é para acurada reflexão de seus discípulos, pois o Divino Amigo não só recomenda, Ele manda, ou seja, Ele ordena, convoca seus discípulos a se amarem mutuamente.
É importante lembrar que a ordem foi expressa na última ceia, quando Jesus preparava seus apóstolos para o após Gólgota, quando eles deveriam dar o testemunho de amor ao Mestre, pois, se o amassem, deveriam guardar os seus mandamentos conforme o Evangelista João registrou no capítulo 14, versículo 15 de seu Evangelho.
Além da recomendação, Jesus citou o seu mandamento, para não deixar dúvidas: Que vos ameis uns aos outros, e para deixar patente ratifica com a ordem de que eles deveriam amar-se de forma recíproca.
A ordem foi dita há mais de dois mil anos, porém, as palavras de Jesus são de vida eterna, atemporais, se aplicam em qualquer época àqueles que o seguem, seus discípulos.
Passado esse período, seus seguidores se multiplicaram aos bilhões e os espíritas cristãos, dentre esses, já têm a convicção de que Ele é o Guia e o Modelo a ser seguido, além de Governador Espiritual do planeta.
Ser discípulo de Jesus, conforme o Apóstolo Paulo exara em O evangelho segundo o espiritismo, capítulo XV, item 10, Fora da caridade não há salvação, são todos quantos praticam a caridade, sem embargo da seita a que pertençam. Assim sendo, os homens somente se amarão uns aos outros se a benevolência, a indulgência e o perdão fizerem parte das relações interpessoais e, para que isto se efetive, a afabilidade e a doçura, as duas formas de a benevolência se apresentar, devem viger na vida de relação como dever do discípulo sincero e fiel ao mando do Divino Amigo.
Amarmo-nos mutuamente é a ordem de Jesus.
Para o discípulo é o desafio a ser vencido na vivência.
O que Ele ordena é tomar sobre si o seu jugo, que é suave, e o seu fardo, que é leve, pois Jesus não exige de seus discípulos ultrapassar desafios impossíveis, mas somente vencer a si mesmo, praticando o amor e a caridade.
Diante, pois, da ordem do Mestre: Que vos ameis uns aos outros, resta ao discípulo sincero envidar esforços de forma consciente e responsável, para colocá-la em prática na vida de relação interpessoal.