Revista Reformador

A riqueza imperecível e legítima

Cada indivíduo traz consigo as conquistas amealhadas ao longo do processo evolutivo ao qual todos estamos submetidos pela Lei do Progresso, determinismo divino que conduz toda criatura à perfeição.

Ao longo desse desenvolvimento o gérmen imperecível, dádiva divina do Pai, amoroso e bom, espera que os homens façam florescer primeiro, na intimidade, para, após, empregar seus frutos na vida de relação, estabelecendo a fraternidade, a convivência pacífica e amorosa entre as criaturas, todas irmãs em Humanidade porque filhas de Deus.

A riqueza legítima é divina, fonte imperecível de que, quanto mais se retira, ao contrário das demais, se robustece, floresce, cresce em abundância.

Infelizmente, não amealhamos esse tesouro conforme desejado, pois preferimos saciar as nossas imperfeições nas nascentes perecíveis do egoísmo, da vaidade, do orgulho, da ganância, da não esperança, do ódio, da vingança, da avareza, dos conflitos, do poder…

Tais fontes não são duráveis, se esgotam, enlameiam e produzem males cada vez mais acentuados à proporção que são utilizadas.

Infelizmente, a Humanidade caminha para a riqueza imperecível por trilhas dolorosas e pedregosas, mesmo tendo conhecimento de que há mais de dois mil anos a fonte legítima foi trazida ao conhecimento como a que fornece a água mais pura, de modo que todo aquele que dela se alimenta jamais terá sede.

Jesus, o Amigo Divino, é o modelo vívido daquele que possui em sua mais perfeita expressão a riqueza imperecível e legítima, por ter sido o exemplo mais perfeito, inigualável da fonte do Amor, o ponto mais delicado do sentimento de um Espírito instruído e depurado que venceu o mundo e continua sendo o farol que o ilumina.

O seu amor pela Humanidade é inigualável e transborda as margens de sua fonte, derramando-se abundantemente sobre todos, desde sempre, especialmente nesses tempos de transformação da Terra para habitat regenerado.

É o Amor Divino que está sendo descoberto por alguns, exercitado lentamente por outros, vivenciado por poucos, mas todos, indistintamente, convidados por Ele, o Mestre Divino, a beber a água que aplacaria para sempre a sede.

Vivemos momentos de escassez desta riqueza, porque ainda pobres de valores morais sedimentados no amor. Entretanto, o convite já foi feito e a hora é de escolha de finitiva: ou permanecemos bebendo da fonte perecível, ou resolvemos, de uma vez por todas, experimentar o sabor suave e leve do nascedouro que jamais seca, mas se enche quanto mais dele é retirada a água que esclarece, alivia e consola as dores e aflições de quem dele se satisfaz.

Sejamos, portanto, os que já conhecem a senda que conduz à fonte imperecível, aqueles que resolveram ir ao encontro da vivência do Amor, realizando as mudanças íntimas, desta feita, conscientemente responsável, para que os costumes sejam abrandados no esforço de domar as inclinações imperfeitas, porque desejamos herdar a Terra regenerada como bem-aventurados!