Revista Reformador

Ânimo e alegria de viver

Diante do desrespeito, do crime, dos conflitos, das guerras, da ganância, da impunidade e do hedonismo que caracterizam o cenário hodierno da Humanidade, muitos se deixam levar pelo desânimo e pela ausência de esperança num mundo melhor em que desejaria desfrutar da paz, do respeito e da fraternidade. Um ideário que no contexto presente se apresenta distante para alguns e inatingível para outros.

Analisando com a visão de que a vida se restringe a esta existência, tudo leva ao desânimo e ao pessimismo. No entanto, esta é a visão restritiva da vida, em conformidade com o materialismo que não oferece perspectiva que transcenda a matéria, ou seja, a vida não é mais do que nascer, viver e morrer, é assim que se apresenta, nada mais do que isto, uma visão que delimita as coisas, a obra do acaso, e não de uma inteligência suprema que a tudo comanda e a tudo preside de forma onímoda.

“Meu reino não é deste mundo” (João, 18:36), já foi anunciado há mais de dois mil anos pelo Cristo de Deus, Jesus, o meigo Nazareno que renunciou a tudo deste mundo para testemunhar o que disse.

Ânimo e alegria de viver, duas afirmativas que fazem parte da vivência dos que desejam ser discípulos do Guia e Modelo da Humanidade, Jesus, pois compreendem que a existência é oportunidade de plantio e colheita que o Pai, misericordioso e bom, oferece à criatura para sua evolução intelecto-moral.

A vida do Espírito imortal não se restringe à existência, é única a partir da criação e plena de experiências e oportunidades que as existências oferecem neste vir e ir que caracterizam o nascimento e a morte da indumentária carnal.

Ânimo e alegria de viver são próprios dos que têm esperança, confiança nos desígnios divinos, nas Leis soberanas e sábias do Pai, que dá ao Espírito o direito de usar sua livre determinação individual e de se tornar responsável pelas escolhas que faz, as quais devem ser pautadas no bem. No entanto, submete todos, indistintamente, ao determinismo divino – o progresso inquestionável –, que conduz todos, sem distinção, à perfeição.

Ânimo e alegria de viver sempre. Que ambos façam parte de nossos seres, porque já compreendemos ser a existência a escola da vida, que nos oferece, pelas escolhas feitas, a oportunidade de germinarmos na intimidade as virtudes latentes, para que floresçam no ambiente adequado, caracterizado pelo atual cenário, resultante das escolhas que fizemos individualmente ou coletivamente antes do nascimento.

Que jamais olvidemos o ânimo e a alegria de viver com o Cristo em nossas vidas.