Revista Reformador

Esta é a hora da nossa autoafirmação

A existência, como sabemos, é a oportunidade que o Pai oferece aos seus filhos para o crescimento intelecto-moral, com o desiderato de aperfeiçoar a inteligência, o senso moral e o abrandamento dos costumes.

A hora atual é grave, não há dúvidas, porém, está repleta de oportunidades para testemunharmos as lições nobilitantes do código de ética divino oferecido pela Boa-Nova que o Meigo Nazareno, há mais de dois mil anos, anunciou ao abrir um novo momento para a Humanidade.

Solicitamos e fomos atendidos pela misericórdia divina para protagonizarmos estas horas graves, não para atender ao convite do mundo, mas para sermos fiéis ao convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus, 11:28).

O mundo nos clama a reagir, a exaltar as imperfeições que ainda carregamos e que já deveriam ter sido transformadas. Jesus, porém, nos chama a exaltar as virtudes latentes que aguardam nossos esforços de forma consciente e responsável na realização das mudanças íntimas que se fazem necessárias para a nossa harmonia e a harmonia do conjunto.

Este é o nosso momento, a nossa hora de cumprimos os compromissos assumidos antes da presente vilegiatura carnal, pois a misericórdia divina vem nos alertando com as revelações que nos chegam do Alto pelas mediunidades abençoadas.

[…] A missão dos espíritas no Brasil é divulgar o Evangelho em espírito e verdade. Os que quiserem cumprir o dever, a que se obrigaram antes de nascer, deverão, pois, reunir-se debaixo desse pálio trinitário: Deus, Cristo e Caridade.

Onde estiver esta bandeira aí estarei eu, Ismael.¹

Vós rogastes, antes do berço, a oportunidade do mergulho carnal, para construir um mundo melhor. Suplicastes, emocionados, o ensejo de abraçar a Doutrina Libertadora, para com ela implantar no coração dos homens, e no vosso também, o Reino de Deus. Elegestes a hora difícil, a fim de demonstrar o valor do conteúdo doutrinário, diante das lutas renhidas que deveríeis enfrentar.²

Aí estão apenas dois ensinos, dentre outros tantos. Estejamos, pois, atentos, porque esta é a hora da nossa autoafirmação como espíritas-cristãos.

REFERÊNCIAS:
¹ SOUZA, Juvanir Borges de. Primórdios do Movimento Espírita do Brasil. In: Reformador, abr. 2000, p. 6(100).
² MENEZES, Adolfo Bezerra. (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, na abertura da sessão do dia 17 de abril de 1984, do Conselho Federativo Nacional [CFN]). In: Reformador, fev. 1985, p. 53(25).